quarta-feira, 14 de maio de 2008

Nachtergaele agora (também) como diretor

( Cena do filme "A Festa da Menina Morta")

Na sua estréia como diretor, em "A Festa da Menina Morta", Matheus Nachtergaele diz que o fio temático que dá corpo às histórias do filme é basicamente a produção de sentido para a vida cotidiana vista como um rito de fé.

Na matéria da Folha Ilustrada sobre o filme, Matheus conta que a história do filme o acompanha há uma década. Durante as gravações de "O Auto da Compadecida", em 1999, ele viu "uma cerimônia laico-religiosa", misto de forró e celebração de fé, no interior da Paraíba. Ele percebeu que na ocasição a população atribuía poderes milagrosos ao vestido de uma menina desaparecida, deixando-o bastante irritado, mas com a história instalada na sua cabeça. O filme saiu do Nordeste, e foi parar em uma comunidade ribeirinha no Amazonas, porque, como citado na matéria da Folha, o diretor enxerga no lugar uma "homenagem ao brasileiro, com 75% de sangue indígena e a influência clara de todas as religiões que formam a fé no Brasil".

No Festival de Cannes deste ano, que teve seu início hoje, o filme de Nachtergaele será exibido na próxima quarta feira na mostra Um Certo Olhar. Além do prêmio específico da mostra, o longa do estreante também disputará à Caméra D'Or, que é o prêmio de melhor filme de estréia no Festival.

Leia uma entrevista com Natchtergaele e maiores detalhes sobre "A Festa da Menina Morta" aqui.

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